Mães da Serra: OS BEBÊS E A NATAÇÃO

“Aqui no Brasil, a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é a de que as crianças comecem a praticar natação a partir dos 6 meses. A partir dessa idade, o conduto auditivo (parte interna do ouvido), que até então era reto, forma uma curvatura, dificultando a entrada da água e reduzindo as chances de infecção. Além disso, o bebê também já estará imunizado contra alguns agentes.” Site Revista Crescer

O Miguel começou a fazer aulas de natação com 6 meses. Nunca tivemos problemas com otite (ainda bem, já ouvi falar que é horrível). Tivemos a liberação da pediatra dele que ficou muito feliz com a nossa iniciativa, pelos vários benefícios que esse esporte traz para os pequenos.

“São inúmeros benefícios que a natação proporciona aos bebês. Além de melhorar a coordenação motora, proporciona noções de espaço e tempo, prepara a criança psicologicamente e neurologicamente para o auto-salvamento, estimula o apetite, aumenta a resistência cardio respiratória e muscular, tranqüiliza o sono e também previne várias doenças respiratórias.” Site Guia do Bebê

Quando o Miguel estava com 1 ano e 8 meses, fomos à praia. No condomínio havia piscina para os adultos e para as crianças e lá fomos nós colocar ele na piscina dos pequenos. Era a primeira vez que ele ficava dentro de uma piscina com os pés encostando no fundo. Estava testando o andar pela piscina e deixou cair um brinquedo que segurava nas mãos e esse afundou. Prontamente ele se abaixou para pegar (tadinho!!!). Ele se abaixou e se ergueu rapidamente com o rosto todo molhado e os olhos arregalados. Ficamos quietos esperando qual seria a reação dele e ele simplesmente começou a dar risada e continuou brincando. Eu achei o máximo que ele não se assustou. Uma outra criança, talvez, que não tivesse essa experiência com as aulas de natação, poderia ter se assustado e não querer mais voltar para a piscina. Claro, a reação dos pais é muito importante também. Quando mantemos a calma e passamos tranquilidade para eles, tudo fica mais natural.

“...Tudo através de estímulos que buscam facilitar o desenvolvimento dos órgãos sensoriais das crianças, como o tato, a audição, o olfato, e a visão. O ideal é que a musicalidade também faça parte das aulas, pois estimulam a memória e aumenta o vocabulário significativamente.” Site Guia do Bebê
Nas aulas sempre são feitas a roda de apresentação dos pais e dos seus bebês e com uma musiquinha que todos cantam juntos eles se cumprimentam um a um. No começo o Miguel estranhou muito essa interação com as outras crianças. Ele era muito sozinho, convivendo somente com os adultos e acho que isso deixava ele desconfortável. Mas com o passar do tempo ele foi se acostumando com os coleguinhas, com as professoras e com o próprio ambiente em si. Isso vai muito da personalidade de cada criança o importante é que tudo aconteça naturalmente, sem forçar nada.

Tudo acontece de uma forma muito tranquila – é colocado músicas infantis e a professora vai estimulando os pais a cantarem, tanto na aula quanto em casa para as crianças para que elas fixem as aulas e os exercícios feitos durante a “cantoria”. São praticados delicadamente movimentos de bater de pernas e braços, nado de frente e costas e abertura de pernas. Há um momento de brincadeiras livres dos pais com os filhos enquanto é organizado o momento para o mergulho. Nenhum bebê é forçado a mergulhar. Isso a professora observa a criança e num primeiro momento dá uma “encostadinha do queixo na água” e conforme as aulas vão se seguindo e a criança vai se soltando o mergulho ocorre naturalmente.

O Miguel está fazendo natação há 1 ano e 8 meses (com várias paradas durante o período de inverno) e está mergulhando só o rostinho, o corpo todo e a cabeça ainda não fizemos com ele.

“Um dos momentos mais importantes na natação é o exercício constante que se faz com os pais. É a inteligência emocional que através de atividades específicas, faz uma aproximação entre todos os bebês, seus familiares e o professor. Esse contato é de extrema importância para o desenvolvimento afetivo, já que sabe-se que o controle emocional é basicamente formado aos 02 anos de idade.” Site Guia do Bebê

Desde o começo somente o meu marido entra com o Miguel na piscina por duas razões:

Eu tenho um medo sem explicação de piscina, mar, banho de rio, etc. Não queria passar para o Miguel as minhas inseguranças, por isso quem entra com ele é o pai.

Quando o Miguel começou na natação eu ficava direto com ele, pois não trabalhava. E essa era uma oportunidade de pai e filho poderem ficar juntos fazendo uma atividade legal que conectasse ambos e assim fortalecesse o vínculo entre eles, já que ele passava bem menos tempo com o Miguel. Até hoje o dia da aula é sempre muito aguardado e quando não podemos ir é sempre uma tristeza para ele.

“Se o seu bebê frequentar piscina com cloro, um alerta. Certifique-se de que a escola ou academia utiliza o mínimo de cloro possível na água e não deixe seu filho ficar mais de 30 minutos. Outro cuidado é em relação à temperatura do local da piscina e do corredor que leva ao vestiário. Veja se não há corrente de vento e procure sempre levar um roupão para evitar um possível choque térmico, principalmente nos dias mais frios.” Site Revista Crescer

Logo que começamos o Miguel saía da piscina com um cheirão horrível de cloro. Andamos reclamando e agora eles deram uma diminuída, já nem sentimos mais o cheiro nele. A duração da aula é de 45 minutos e é uma vez por semana nessa escola que o levamos. A temperatura da água da piscina é adequada, os bebês relaxam tanto que alguns já chegaram a dormir em algumas aulas. Sempre é controlado para que a porta de acesso a piscina fique fechada e a porta de acesso aos vestiários também para não fazer corrente de ar para quando eles saem da piscina. Nos vestiários pra mim chega a ser quente até de mais, mas melhor do que frio.

Eu estou muito satisfeita com as aulas de natação do Miguel. É uma forma de socialização, de praticar uma atividade física e o melhor de tudo brincando. É muito bom depois de um tempo que eles já estão indo às aulas e começam a cantar as músicas das aulinhas e repetir as coreografias que fazem na água. É sinal que além de gostar das aulas estão atentos, observando e absorvendo o que lhes é passado ludicamente nas aulas.

Fontes:

Site Revista Crescer http://revistacrescer.globo.com/